Professor indígena é preso no Amazonas por abusar sexualmente das próprias filhas

Um caso chocante de violência sexual veio à tona no município de Santa Isabel do Rio Negro, no interior do Amazonas. Um homem de 30 anos, que trabalhava como professor em uma escola indígena, foi preso sob a acusação de estuprar as três filhas, de 3, 4 e 7 anos. O crime foi descoberto após uma das crianças ser levada a um hospital local, onde médicos identificaram sinais de abuso.

De acordo com a Polícia Civil, que divulgou o caso na última terça-feira (28), os abusos vinham ocorrendo há anos, desde que a vítima mais nova era um bebê. A investigação começou quando uma médica, ao ouvir gemidos vindos do banheiro do hospital, encontrou o pai sozinho com a criança. Ele alegou estar apenas dando banho na filha, mas a profissional, desconfiada, realizou um exame clínico e constatou indícios de violência sexual.

“A equipe de saúde nos acionou imediatamente, e o homem foi preso em flagrante”, explicou o delegado John Castilho, responsável pelo caso. Durante o depoimento, o suspeito confessou não apenas os abusos contra a filha internada, mas também admitiu ter cometido o mesmo crime contra as outras duas crianças.

Investigações se ampliam
O fato de o suspeito ser professor em uma escola indígena levantou preocupações adicionais. As autoridades agora investigam se ele pode ter abusado de outros menores, incluindo alunos da instituição onde lecionava. “Ele tinha acesso a outras crianças, o que nos preocupa profundamente. Estamos ampliando as investigações para garantir que não haja mais vítimas”, afirmou o delegado Paulo Mavignier.

A mãe das meninas declarou à polícia que não tinha conhecimento dos abusos. Após a confissão do suspeito, a Justiça determinou sua prisão preventiva, que foi cumprida na última sexta-feira (24). Ele responderá pelo crime de estupro de vulnerável, com possível aumento da pena por se tratar do pai das vítimas.

Impacto e reflexões
O caso chocou a comunidade local e reacendeu o debate sobre a proteção de crianças em situações de vulnerabilidade, especialmente em regiões mais isoladas do país. A violência sexual contra menores, muitas vezes silenciada, exige atenção redobrada de autoridades, profissionais de saúde e da sociedade como um todo.

Enquanto o suspeito aguarda julgamento, as vítimas e suas famílias recebem apoio psicossocial para lidar com o trauma. O caso também serve como um alerta para a importância de denúncias e da atuação rápida de redes de proteção para evitar que crimes como esse continuem ocorrendo.

By Amazonas Atual

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